As primeiras congregações da Família Paulina nasceram em 1914 e 1915: Pe. Alberione fundou a Pia Sociedade de São Paulo – Paulinos, dia 20 de agosto de 1914 e as Filhas de São Paulo – Paulinas, em 1915. Desde 1916, Alberione já falava aos seus primeiros jovens da convicção de que para o apostolado da imprensa, com os meios de comunicação seria preciso também a presença de leigos e leigas. Ele dizia: “é necessário uma espécie de Congregação dividida em três ramos: um ramo religioso masculino e outro feminino e um ramo leigo masculino e feminino”.
Este ramo leigo, o dos Cooperadores teve início em 1917. No início se chamava “União dos Cooperadores da Boa Imprensa.” Em 1936, a “União dos Cooperadores da boa Imprensa” (UCBS) passa a ser chamada “União dos Cooperadores do Apostolado da Imprensa” (UCAS) e em seguida, 1937, UCAE (União dos Cooperadores do Apostolado das Edições) porque se junta à impressa, outros instrumentos de comunicação como o rádio e o cinema.
Todavia, com o nascimento das outras Congregações, Discípulas do Divino Mestre, Pastorinhas, Apostolinas, a Família Paulina amplia o seu apostolado: não é mais apenas para a evangelização com os Meios de Comunicação, mas também através do apostolado litúrgico, pastoral, vocacional, por isso a cooperação também é ampliada e passa a ser não somente com a imprensa, mas com os apostolados de todas as Congregações que formam a Família Paulina.
Vê-se que Pe. Alberione foi sempre desenvolvendo seus sonhos e descobrindo sempre com mais clareza a vontade de Deus sobre o como envolver o maior número possível de pessoas comprometidas com a própria Vivência Cristã e com a Causa do Evangelho. E o interessante é notar que ele sempre pensava nos diversos grupos como um todo, uma única família com todos os meios para todos os apostolados. E fazia referência à Igreja que é formada de Cooperadores do Evangelho, que desde o início teve como Cooperadores os Apóstolos. Os Cooperadores Paulinos são para todos os apostolados da Família Paulina: comunicação com os meios, liturgia, pastoral direta, vocações, etc.
Como Associação, a Santa Sé aprovou o Estatuto da União dos Cooperadores Paulinos em 1988. Esse era uma transcrição atualizada do primeiro Estatuto, escrito por Pe. Alberione ainda em 1918. Mas logo se percebeu que o texto aprovado exigia modificações e integração para incluir todos os grupos de Cooperadores que se referem às diferentes Congregações da Família Paulina. Além disso, era importante dar-lhe uma maior organização do todo em conjunto. No momento está acontecendo, em Roma, a elaboração de um novo Estatuto, contemplando a diversidade de Cooperadores existentes em toda a Família Paulina conforme o sonho de Alberione.
Alberione aos Cooperadores Paulinos:
Existiram desde o início da Igreja os Cooperadores dos Apóstolos. Eles são recordados por São Paulo que em todo o tempo da sua evangelização lhes escreveu: “… os seus nomes estão escritos no céu”. Assegurava-lhes do prêmio: participando do apostolado participariam do prêmio: “aos meus Cooperadores, cujo nome já estão escritos no céu”.
A Família Paulina desde o início teve auxílios de tantas maneiras. Deve-se antes, dizer que muitas pessoas inteligentes e generosas ajudaram no seu nascimento: orações, conselhos, ajuda material. Recordo tantos nomes que já alcançaram o prêmio; somente o Senhor os recompensou segundo a caridade, caridade feita quase sempre em silêncio; será manifestada no grande dia final, diante do mundo inteiro.
Na santa missa recordo os Cooperadores vivos: “Senhor, recorda todos os teus filhos”. Acrescento o nome de pessoas benéficas.
Também, na missa recordo os Cooperadores falecidos: “Senhor, lembra-te de teus filhos que nos precederam”… acrescento os nomes dos benfeitores. […] A cooperação possui três partes: a oração, as obras, os auxílios materiais. É explicada no manual “O Cooperador Paulino”.
Os Cooperadores Paulinos participam das 2400 missas anuais aplicadas para os Cooperadores e para os membros da Família Paulina, vivos e falecidos.
Existe o apostolado da imprensa, cinema, rádio, televisão, discos.
Existe o apostolado da sagrada Liturgia e da oração em geral.
Existe o apostolado pastoral segundo os sacerdotes e as Irmãs Pastorinhas.
A ação dos Leigos, cooperando com a santa Sé, com os bispos, os sacerdotes, os religiosos, se resume no instruir segundo a fé, contribuir com a vida cristã, com a oração e o sacrifício. (Manuscrito, novembro-dezembro 1965, CISP, 389-390).