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Missão Leiga junto às Irmãs Pastorinhas de Adrianópolis/PR
Vocação leiga em tempos de sinodalidade

O Papa Francisco, em audiência no Congresso dos presidentes e referentes das Comissões para o Laicato das Conferências Episcopais (18/02/23), afirmou: “Chegou a hora de pastores e leigos caminharem juntos em cada âmbito da vida da Igreja, em todas as partes do mundo”. Exortação que foi confirmada no Documento do Sínodo dos Bispos, aprovado pelo Papa Francisco em outubro/2024, com o tema: Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão e missão. “Na comunidade cristã, todos os batizados são enriquecidos com dons para partilhar, cada um segundo a sua vocação e a sua condição de vida. As diversas vocações eclesiais são, de facto, expressões múltiplas e articuladas do único chamamento batismal à santidade e à missão” (n.57).
Diante dessa chamada desafiadora, encontro alguns sinais de sinodalidade no serviço compartilhado com as Irmãs Pastorinhas, em Adrianópolis/PR. Ao completar 1 mês convivendo com a missão junto aos quilombos e comunidades do Vale do Ribeira (PR/SP), encontro espaço de acolhida, diálogo e um forte apelo aos direitos e dignidade humana. Sinto, também, que o trabalho pastoral é instigador, pois são muitas comunidades que ainda precisam de mais formação para lideranças pastorais. Realidade que me impulsiona a saber o porquê estou aqui; para quem; o que fazer; e, por fim, o que posso oferecer mesmo diante dos meus limites humanos.
Porém, o que mais me chama a atenção, é o respeito, o carinho e o reconhecimento, especialmente da população quilombola, com a luta e trabalho de anos a fio que as Irmãs Pastorinhas dedicam a essa região. Realidade que me leva a ter mais responsabilidade eclesial e social, diante de exemplos tão fortes e corajosos.
Peço ao Senhor Bom Pastor que nos fortaleça cada vez mais em nossa missão na luta por um Reino para todos, sem exceção de território, cultura, possibilidades materiais e religiosas.
Miriam Bernadete de Souza