O RIBEIRA DE IGUAPE É O RIO DOS
SONHOS E PESADELOS
O Rio Ribeira de Iguape nasce no Estado do Paraná. É formado pelos rios Açungui e Ribeirinha. Deságua no Oceano Atlântico no Município de Iguape/SP, tendo uma extensão entorno de 400 km.
É o RIO dos SONHOS!
Por 28 anos os Quilombos SP/PR, Entidades Ambientalistas, Grupos de Base, Associações, Cooperativas, Igrejas e tantos outros lutaram veementemente para que fossem cancelados os projetos de grandes barragens no Rio Ribeira de Iguape. Em 2016 o IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, cancela tais Projetos. Esse fato nos faz dizer:
Um SONHO é realizado!
Não demorou muito e o SONHO foi transformado em PESADELO! Começam os Projetos das PCHs: Pequenas Centrais Hidrelétricas para o Rio Ribeira e seus afluentes. A PCH é um empreendimento com potência superior a 5 MW e igual ou inferior a 30 MW. Cada MW gerado é capaz de alimentar um entorno de mil residências.
Dia 25/03, o MOAB: Movimento dos Ameaçado Município ados por Barragens no Vale do Ribeira SP/PR realizou com à população do Bairro Caraças e Paiolada e o Quilombo de Cangume – Itaoca/SP e ao Quilombo de Porto Velho – Iporanga/SP, uma oficina sobre o Projeto da PCH a ser instalada no Rio Ribeira de Iguape.
“Entre o município de Adrianópolis (PR) e Itaoca (SP) existe um projeto de Pequena Central Hidrelétrica, chamada PCH Itaoca que prevê sua instalação no Rio Ribeira de Iguape, com uma área de reservatório de 0,55 km² com altura de 19,5 metros e propõem 0,17 km² de área inundada”.
O QUE A EMPRESA NÃO CONTA
Impactos ambientais – meio físico e biótico
A empresa não apresenta no seu projeto público a quantidade de supressão vegetal (área desmatada). Bem como a quantidade de famílias que seriam removidas das suas casas. O projeto da PCH Itaoca não apresenta dados de impactos na ictiofauna (peixe) e na comunidade bentônica (organismos que vivem no fundo do rio). Parte do rio represado já sofre com o impacto das antigas atividades de mineração de chumbo depositado no fundo do rio no século passado, isto é, a barragem poderá causar um segundo impacto na bacia.
Frente a tal realidade, os participantes da Oficina, umas 70 pessoas, o grito de guerra foi TERRA SIM! BARRAGEM NÃO!
Ser contra tal projeto, neste caso significa, defender as Comunidades que serão afetadas e transferidas para outras localidades; não aceitar o projeto da empresa que é bastante falho; salvar o Rio Ribeira de Iguape; proteger a natureza e a beleza e riqueza que nela existe.
Essa OFICINA foi uma injeção de ânimo e fortalecimento da RESISTÊNCIA!
Irmã Ângela Biagioni-sjbp
Adrianópolis/PR